Livro do mês de março
SINOPSE
Quando Joanne Harris
idealizou a pequena aldeia de Lansquenet-sur-Tannes e nela criou o cenário para
o seu romance Chocolate, não
imaginava decerto o sucesso que este viria a ter. Só em Portugal o livro vendeu
mais de vinte e cinco mil exemplares e agora que estreou o filme de Lasse
Hallström, nomeado para três Oscars da Academia, o romance veio a ganhar um
novo fôlego.
Vianne é uma mãe
solteira que chega à pequena aldeia, com a sua filha, e ali abre uma
chocolataria. Os capítulos alternados, ora com a voz de Vianne, ora com a do
padre Reynaud (ao contrário do filme, no livro é este que quer fechar esta loja
das tentações), criam uma grande tensão dramática.
"Todos nós somos
divididos interiormente" diz Joanne. "O Padre Reynaud é uma espécie
de anoréctico. Recusa-se a comer e tortura-se a si próprio ficando horas em
frente à montra do talho. É repressivo, a sua severidade para com os outros
baseia-se no facto de se odiar profundamente." (citada pela revista Livros, n.º 19)
É contra este
pensamento que Chocolate se insurge,
defendendo os pequenos prazeres da vida, neste caso os gastronómicos, e o
direito à diferença, numa pequena aldeia, fechada ao que vem de fora, (também
os ciganos, que ali aparecem, com as suas músicas e outro tipo de vida, são
votados ao ostracismo), e que, de certa forma, põe em causa o poder instalado.
Boas leituras!
Comentários
Enviar um comentário