Mo Yan, feliz com o Prémio Nobel, promete investir mais na escrita


O escritor chinês Mo Yan mostrou-se hoje "feliz" pela atribuição do Prémio Nobel da Literatura 2012 pela Academia Sueca, e prometeu, em declarações na China, investir mais na escrita.

Em declarações à agência noticiosa Nova China, o autor laureado confessou que, assim que recebeu a notícia do galardão, ficou "muito feliz".
"Vou concentrar-me na criação de novas obras. Quero aplicar-me mais para agradecer a todos", acrescentou.
No entanto, Mo Yan disse que ganhar o Nobel da Literatura "não significa tudo".
"Penso que a China tem numerosos autores muito dotados. A sua produção brilhante merece igualmente ser reconhecida pelo mundo", apelou, falando a partir da localidade de Gaomi, na província de Shandong.
As reações ao prémio foram de grande felicidade no seio da população chinesa, para quem Mo Yan é um autor bem conhecido, habituado a escrever "best-sellers".
Mo Yan, pseudónimo literário de Guan Moye, nascido em 1955, é um dos escritores chineses contemporâneos mais publicados fora da China, nomeadamente no Japão, França, Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos.
Os romances do Nobel da Literatura 2012 estão enraizados na China rural, onde nasceu, mas revelam também influências do "realismo mágico" e outras correntes ocidentais, segundo críticos e tradutores.
A sua primeira obra literária, um conto que começou a escrever enquanto ainda era soldado, saiu em 1981. Seis anos depois publicou um romance de grande sucesso, "Red Sorghum" ("Sorgo Vermelho"), que seria adaptado ao cinema por Zhang Yimou.
Em Portugal, a única obra de Mo Yan no mercado livreiro foi publicada em 2007, e intitula-se "Peito grande, ancas largas", traduzida por João Martins e editada pela Ulisseia.

Lusa

In http://sicnoticias.sapo.pt/cultura/2012/10/11/mo-yan-feliz-com-o-premio-nobel-promete-investir-mais-na-escrita 

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