Livro do mês de setembro
Vianne é uma
mãe solteira que chega à pequena aldeia, com a sua filha, e ali abre uma
chocolataria. Os capítulos alternados, ora com a voz de Vianne, ora com a do
padre Reynaud (ao contrário do filme, no livro é este que quer fechar esta loja
das tentações), criam uma grande tensão dramática.
"Todos
nós somos divididos interiormente" diz Joanne. "O Padre Reynaud é uma
espécie de anoréctico. Recusa-se a comer e tortura-se a si próprio ficando
horas em frente à montra do talho. É repressivo, a sua severidade para com os
outros baseia-se no facto de se odiar profundamente." (In revista Livros,
nº 19)
É contra este pensamento que Chocolate se
insurge, defendendo os pequenos prazeres da vida, neste caso os gastronómicos,
e o direito à diferença, numa pequena aldeia, fechada ao que vem de fora,
(também os ciganos, que ali aparecem, com as suas músicas e outro tipo de vida,
são votados ao ostracismo), e que, de certa forma, põe em causa o poder
instalado.
Boas leituras!
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